Transporte público

Novo protesto no Centro

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Gritos de ordem, bandeiras tremulando e uma diversidade de classes, faixas etárias e reinvindicações. Tudo em paz. Assim foi a manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em Santa Maria. A caminhada pacífica, realizada na tarde de terça-feira, teve um desfecho que nem de longe lembrou o resultado do ato anterior. Por mais de três horas, cerca de 150 adolescentes e adultos, segundo a polícia, percorreram as principais ruas da área central da cidade onde expressaram livremente suas opiniões. Alvo de grande parte das críticas dos manifestantes, a Brigada Militar se manteve discreta e, em nenhum momento, interviu no protesto.

>>> Grupo ficou unido e foi acompanhado

Por volta das 17h, os primeiros manifestantes já podiam ser vistos na Praça Saldanha Marinho, escolhida como ponto de encontro. Em pouco tempo, o número de participantes aumentou consideravelmente. Antes do início da caminhada, a garoa virou chuva, e as marquises, abrigos. Quando perceberam que o aguaceiro iria longe, algumas lideranças convocaram os participantes a encararem o mau tempo e seguirem pela Rua do Acampamento. Na saída do Viaduto Evandro Behr, aconteceu o primeiro bloqueio. Logo depois, a caminhada continuou observada por trabalhadores do comércio que faziam fotos e vídeos em frente às lojas. Em meio à batucada, sobressaia a voz amplificada pelo megafone e que norteava as críticas. E não foram poucas. O principal alvo foi o prefeito Cezar Schirmer (PMDB).

Novas ações do movimento serão definidas em assembleia nesta quinta-feira

Cantando “mãos ao alto, R$ 2,60 é um assalto”, os manifestantes chegaram à esquina da Rua do Acampamento com a Avenida Medianeira. Quando o grupo trancou o trânsito por cerca de 15 minutos, o que resultou em longas filas de veículos, alguns motoristas ficaram incomodados. A resposta veio com gritos de “quem buzina quer aumento”.

Mais adiante, o trânsito foi parado novamente. Dessa vez, as filas de veículo acumularam no entroncamento da Medianeira com a General Neto. Lá, os manifestantes receberam o apoio de pedestres. A vendedora Clara Cigales, 31 anos, apoiou o ato:

– Tem mais é que se manifestar. Cada um tem a sua opinião e deve ter o direito de exercê-la.

A chuva já havia dado uma trégua quando, após descer a Rua Riachuelo e subir a Ângelo Uglione, os manifestantes chegaram ao ponto onde o protesto se iniciou. Por volta das 19h35min, na divisa entre a Praça Saldanha Marinho e o Calçadão, as lideranças agradeceram a presença de todos e convocaram os participantes para uma assembleia, amanhã, na qual serão definidas as próximas ações do movimento.

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